Tendência
Proteger com confiança sistemas e vida selvagem
Somente produtos feitos com os materiais certos evitam quedas de energia provocadas pela vida selvagem e, ao mesmo tempo, são capazes de proteger essas formas de vida de qualquer prejuízo. Autor: Steven Parker, gerente de desenvolvimento de negócios de proteção à vida selvagem e ao patrimônio
Com a maior pressão sobre o setor de serviços públicos para fornecer energia confiável e, ao mesmo tempo, proteger a vida selvagem, vem um aumento no número de fornecedores de coberturas contra pássaros/aves de rapina. Todas as formas e tamanhos de coberturas são sugeridos para atender às recomendações propostas por grupos ambientais, como o APLIC (Avian Power Line Interaction Committee, Comitê de Interação Aviária com Linhas de Transmissão), mas a chave para o sucesso vai além dos recursos de design. No final, é o aspecto relativo à ciência de materiais do produto que determinará sua eficácia e vida útil no ambiente ao ar livre. Há muitas empresas de moldagem capazes de produzir componentes com um visual incrível, mas poucas entendem o que é necessário para suportar uma aplicação de média tensão, externa, por um longo período de tempo.
Quatro áreas de importância
As principais áreas de estudo no campo de materiais para coberturas contra aves de rapina são:
- Rastro de corrente e erosão (TERT)
- Estabilidade de UV e resistência química
- Resistência à eletricidade
- Resistência ao calor
Sem dúvida, conhecer os limites dos produtos nessas áreas é vital. Os engenheiros querem escolher uma peça que forneça a proteção elétrica necessária e, ao mesmo tempo, garantir que não estejam criando condições para um flashover na estrada abaixo da linha ou que não tenham de trocar o produto a cada 4 ou 5 anos porque estava caindo do isolador.
A carbonização do material é causada pela combinação da fuga de corrente, contaminação e vapor d'água. A fuga de corrente remove o vapor de água do ambiente, o que cria uma faixa seca que gera um arco de alta temperatura e carboniza o material da cobertura. No rastro de corrente, esse caminho condutor cresce pela superfície do material, e a eficácia da cobertura pode rapidamente ser comprometida. Com a erosão, o arco permanece enraizado em um ponto e lentamente perfura o material. Em ambos os casos, flashovers podem ocorrer. Na TE, combinamos nossos polímeros com aditivos que criam um material onde o rastro de corrente praticamente não acontece, que é usado em todas as nossas coberturas contra aves de rapina. A TE usa um Teste de tensão de passo variável de plano inclinado (ASTM D-2303), pois dá uma boa correlação com o desempenho do produto.
Colocado em cima de um poste, exposto aos elementos, uma cobertura contra aves de rapina precisa suportar os intemperes por muitos anos, já que a despesa de colocar uma cobertura de reposição é significativa. A degradação do material devido aos raios UV, neve, sal e produtos químicos pode acontecer rapidamente se a formulação do polímero não estiver certa. A perda de força mecânica e desempenho elétrico pode acontecer em apenas alguns anos, fazendo com que as coberturas caiam ou gerem proteção insuficiente que permita a ocorrência de flashovers. Testes de UV como o ASTM G-90 ou de lâmpada de xenônio (IEC 1109, 5000 horas.) são excelentes para a comparação de produtos. Os testes de Resistência tênsil e alongamento final (ASTM D-638), Resistência química (ASTM D-543) e Envelhecimento acelerado (ISO 188) também podem dar uma boa ideia da durabilidade do produto. A TE vai além, fazendo a reticulação do material, o que proporciona maior resistência e robustez, resistência química e ambiental superiores, além de um desempenho elétrico mais estável.
Embora a resistência mecânica do produto seja primordial, devemos também olhar para os requisitos elétricos da aplicação e como eles são testados. Alguns fabricantes usam um teste de resistência em ambiente seco para classificar a capacidade da cobertura em vez de um teste de resistência em ambiente úmido. Como grande parte da classificação depende das condições atmosféricas, um teste seco mostrará uma classificação de tensão mais alta para o mesmo entreferro do que um teste úmido. Porém, a menos que o uso do produto esteja limitado a um clima seco como o do deserto do Arizona, o teste úmido seria a única forma para avaliar melhor o que o produto é realmente capaz. Na TE, normalmente submetemos nossas coberturas a um teste úmido de resistência de CA de 1 minuto. Quando o objetivo é proteger contra contatos momentâneos de animais, um minuto é muito tempo. Consulte ASTM-D257, D-150 e D-149 para comparar características elétricas.
A capacidade de um material suportar oscilações de temperatura ao longo de sua vida é uma consideração crucial quando o fabricante está fazendo coberturas destinadas ao uso em qualquer lugar do mundo. Se sua instalação será feita nos invernos frios e secos do Canadá ou em um país quente e úmido como El Salvador, o material deve ser projetado, desde o início, para aguentar o tranco. Existem muitos estabilizadores térmicos que podem aumentar a robustez geral do material e estender sua vida útil. Com certeza, a reticulação feita pela TE leva isso a outro patamar, especialmente no que diz respeito às altas temperaturas, já que o material é capaz de suportar picos severos sem derreter nem entrar em ignição. Testes como IEEE 1-1969, IEC 216 e ISO 188 são bons para comparar a resistência ao calor dos materiais.
Proteção para condições severas
Todo ambiente é extremo quando se leva em conta uma longa vida útil ao ar livre. Se o produto é capaz de suportar a fúria da Mãe Natureza, isso se deve à ciência de materiais. Os fornecedores incapazes de fornecer dados de teste rapidamente não devem ser considerados, e aqueles capazes de fazer isso com facilidade, comparados entre si. A TE projeta uma expectativa de vida de, no mínimo, 30 anos para as coberturas contra aves de rapina.