Isabell Buresch, parceira de engenharia, Automotivo
Isabell Buresch, parceira de engenharia, Automotivo
Pensando lateralmente, os engenheiros podem resolver problemas com as peças existentes, buscando mudar as próprias peças do problema.

Isabell se sente inspirada por oportunidades. Cada problema é um desafio para aprender, fazer as coisas melhor e inovar — e cada problema exige criatividade. Cientista sênior de materiais com doutorado em metalurgia pela Universidade de Stuttgart, Isabell passa seus dias avaliando e desenvolvendo novos sistemas materiais e revestimentos que tornam contatos e terminais conectores mais confiáveis e adequados para propósitos futuros. Suas três décadas de experiência profissional em metais, superfícies e tecnologias de revestimento permitem que ela entenda quais características tornam os materiais especiais e os meandros de como produzir materiais de forma econômica usando processos de fabricação sustentáveis. Para Isabell, a inovação começa com a compreensão do que o cliente quer, como uma empresa opera e como desenvolve um produto específico, incluindo a experiência de projetos, o histórico de desempenho e o processo de produção, o que leva à inovação. Isabell aborda a resolução de problemas pelo pensamento lateral, por "pensar fora da caixa" e não apenas com a abordagem dos cinco porquês. Isso ajuda na concepção de objetos difíceis, rejeitando o status quo das ideias e concebendo formas inteiramente novas de se olhar para um problema. Sua agilidade e resiliência são aprimoradas pela paixão por esportes competitivos. Esquiadora habilidosa que concorreu pela equipe júnior e pela seleção alemã, Isabell atribui seus sucessos no esporte como ajuda para desenvolver persistência, resistência e dedicação necessárias para resolver problemas difíceis e pensar com agilidade no desenvolvimento de soluções para materiais avançados.

1

Quais tendências tecnológicas de projetos você vem observando?

Miniaturização de componentes elétricos e eletromecânicos e aumento de potência e desempenho a um custo menor. As forças do mercado querem mais funções em espaços menores. Para isso, é necessário maior funcionalidade ou densidade de energia, peças miniaturizadas e redução de peso.

 

Além disso, projetar materiais e revestimentos para temperaturas ambientes mais altas e de pico é uma oportunidade significativa, pois não fazê-lo envolve a consequência de que processos e reações imprevisíveis dentro de materiais e interfaces poderiam causar mecanismos de falha desconhecidos. No mercado atual, essas tendências não são resolvidas com soluções existentes, por conta do desempenho e da disponibilidade dos materiais e processos; são necessárias melhorias de materiais e processos-padrão, além de novas soluções.

 

2

Quais são os desafios no desenvolvimento de materiais para contatos miniaturizados?

Com a miniaturização, tudo diz respeito a tornar os componentes eletrônicos menores, bem como mais leves. A miniaturização ajuda a reduzir o espaço na placa ou em um componente. Isso implica, por outro lado, em redução das forças normais de contato, áreas de contato menores, aumento na distribuição local de estresse ao formar essa peça, combinada com uma maior sensibilidade a materiais com defeito zero. Materiais, superfícies e revestimentos inovadores e os processos de produção, portanto, são a chave para o sucesso.

 

Pense nisso: pequenos poros ou espaços vazios — as não homogeneidades e impurezas — dentro de um material podem causar a falha de um componente, o que pode acarretar graves consequências. Para evitar isso, você deve se concentrar nos materiais de base, especialmente interfaces, superfícies e revestimentos, para garantir que o material esteja cumprindo as especificações e a funcionalidade do tempo de vida.

 

É preciso também examinar com cuidado a microestrutura do material, particularmente seu tamanho e limite do grão, as precipitações e as interfaces entre o material de base e o revestimento. Isso é crucial para conquistar um material de defeito zero e com as propriedades necessárias de formação e revestimento.

 

Um exemplo: pequenos espaços vazios na interface entre o material de base e o revestimento de estanho na condição inicial podem causar a problemas mais tarde em temperaturas elevadas. A delaminação dos revestimentos pode ocorrer em pequenas áreas de contato de formação pesada à medida que o estresse de temperatura aumenta, como dentro do teste de estresse elétrico. Para evitar isso, usamos métodos muito específicos para analisar os detalhes. Para essa investigação, monitoramos e examinamos atentamente os processos e as reações químicas dentro dos materiais. Utilizamos equipamentos de alta resolução, como o FIB (= Focus Ion Beam) e o GDOES (= Glow Discharge Optical Emission Spectroskopy), para entender a interação entre os constituintes únicos.

3

Quais são os desafios no desenvolvimento de entradas de carregadores e contatos para aplicações de veículos elétricos?

Uma vez que a mobilidade eletrônica está impulsionando a mudança em nosso negócio principal em T&C de uma forma nunca vista antes; estamos olhando para os requisitos crescentes de contatos conectores sobre ciclos de inserção para terminais de carregadores ou aplicações de alta temperatura. Para mobilidade elétrica, devemos projetar para requisitos de ciclos de acoplamento de até 10.000 em conectores de carregamento ou temperaturas de até 180-200 °C nos pontos de contato.

 

Para resolver isso, estamos desenvolvendo sistemas de revestimento e processos de galvanização que podem atender às novas demandas. Isso exige que olhemos além e consideremos disciplinas acadêmicas associadas, particularmente de outros setores industriais e campos científicos. Isso nos permite acelerar nosso trabalho durante a fase de ideação, fazer os primeiros testes dentro de estudos de viabilidade, tendo a impressão do que poderia — em princípio — ser possível alcançar. Estamos focados para alcançar o sucesso no desenvolvimento multifuncional, utilizando inovações abertas e equipes ágeis. Uma infraestrutura de P&D estabelecida é bastante útil, especialmente quando pressões de agilidade de time-to-market e custos são requisitos críticos.

4

Em que sua equipe está trabalhando para viabilizar a inovação tecnológica no setor automotivo?

Neste momento, os mercados automotivo e eletrônico estão dinâmicos e passando por uma mudança fundamental. O sucesso virá para as empresas que se concentram em otimizar o design e os processos, encurtar os ciclos de desenvolvimento e reduzir custos. Isso é necessário para competir com os melhores. Fazer isso significa trabalhar para alcançar a confiabilidade da cadeia de suprimentos mesmo com novos fornecedores, menor time-to-market, processos e produtos simplificados, e uma infraestrutura de P&D focada na preparação para o futuro. Esse último ponto é crucial para um melhor desempenho no mercado e força operacional.

 

Isabell Buresch, parceira de engenharia, Automotivo
Isabell Buresch, parceira de engenharia, Automotivo
Pensando lateralmente, os engenheiros podem resolver problemas com as peças existentes, buscando mudar as próprias peças do problema.

Isabell se sente inspirada por oportunidades. Cada problema é um desafio para aprender, fazer as coisas melhor e inovar — e cada problema exige criatividade. Cientista sênior de materiais com doutorado em metalurgia pela Universidade de Stuttgart, Isabell passa seus dias avaliando e desenvolvendo novos sistemas materiais e revestimentos que tornam contatos e terminais conectores mais confiáveis e adequados para propósitos futuros. Suas três décadas de experiência profissional em metais, superfícies e tecnologias de revestimento permitem que ela entenda quais características tornam os materiais especiais e os meandros de como produzir materiais de forma econômica usando processos de fabricação sustentáveis. Para Isabell, a inovação começa com a compreensão do que o cliente quer, como uma empresa opera e como desenvolve um produto específico, incluindo a experiência de projetos, o histórico de desempenho e o processo de produção, o que leva à inovação. Isabell aborda a resolução de problemas pelo pensamento lateral, por "pensar fora da caixa" e não apenas com a abordagem dos cinco porquês. Isso ajuda na concepção de objetos difíceis, rejeitando o status quo das ideias e concebendo formas inteiramente novas de se olhar para um problema. Sua agilidade e resiliência são aprimoradas pela paixão por esportes competitivos. Esquiadora habilidosa que concorreu pela equipe júnior e pela seleção alemã, Isabell atribui seus sucessos no esporte como ajuda para desenvolver persistência, resistência e dedicação necessárias para resolver problemas difíceis e pensar com agilidade no desenvolvimento de soluções para materiais avançados.

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Quais tendências tecnológicas de projetos você vem observando?

Miniaturização de componentes elétricos e eletromecânicos e aumento de potência e desempenho a um custo menor. As forças do mercado querem mais funções em espaços menores. Para isso, é necessário maior funcionalidade ou densidade de energia, peças miniaturizadas e redução de peso.

 

Além disso, projetar materiais e revestimentos para temperaturas ambientes mais altas e de pico é uma oportunidade significativa, pois não fazê-lo envolve a consequência de que processos e reações imprevisíveis dentro de materiais e interfaces poderiam causar mecanismos de falha desconhecidos. No mercado atual, essas tendências não são resolvidas com soluções existentes, por conta do desempenho e da disponibilidade dos materiais e processos; são necessárias melhorias de materiais e processos-padrão, além de novas soluções.

 

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Quais são os desafios no desenvolvimento de materiais para contatos miniaturizados?

Com a miniaturização, tudo diz respeito a tornar os componentes eletrônicos menores, bem como mais leves. A miniaturização ajuda a reduzir o espaço na placa ou em um componente. Isso implica, por outro lado, em redução das forças normais de contato, áreas de contato menores, aumento na distribuição local de estresse ao formar essa peça, combinada com uma maior sensibilidade a materiais com defeito zero. Materiais, superfícies e revestimentos inovadores e os processos de produção, portanto, são a chave para o sucesso.

 

Pense nisso: pequenos poros ou espaços vazios — as não homogeneidades e impurezas — dentro de um material podem causar a falha de um componente, o que pode acarretar graves consequências. Para evitar isso, você deve se concentrar nos materiais de base, especialmente interfaces, superfícies e revestimentos, para garantir que o material esteja cumprindo as especificações e a funcionalidade do tempo de vida.

 

É preciso também examinar com cuidado a microestrutura do material, particularmente seu tamanho e limite do grão, as precipitações e as interfaces entre o material de base e o revestimento. Isso é crucial para conquistar um material de defeito zero e com as propriedades necessárias de formação e revestimento.

 

Um exemplo: pequenos espaços vazios na interface entre o material de base e o revestimento de estanho na condição inicial podem causar a problemas mais tarde em temperaturas elevadas. A delaminação dos revestimentos pode ocorrer em pequenas áreas de contato de formação pesada à medida que o estresse de temperatura aumenta, como dentro do teste de estresse elétrico. Para evitar isso, usamos métodos muito específicos para analisar os detalhes. Para essa investigação, monitoramos e examinamos atentamente os processos e as reações químicas dentro dos materiais. Utilizamos equipamentos de alta resolução, como o FIB (= Focus Ion Beam) e o GDOES (= Glow Discharge Optical Emission Spectroskopy), para entender a interação entre os constituintes únicos.

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Quais são os desafios no desenvolvimento de entradas de carregadores e contatos para aplicações de veículos elétricos?

Uma vez que a mobilidade eletrônica está impulsionando a mudança em nosso negócio principal em T&C de uma forma nunca vista antes; estamos olhando para os requisitos crescentes de contatos conectores sobre ciclos de inserção para terminais de carregadores ou aplicações de alta temperatura. Para mobilidade elétrica, devemos projetar para requisitos de ciclos de acoplamento de até 10.000 em conectores de carregamento ou temperaturas de até 180-200 °C nos pontos de contato.

 

Para resolver isso, estamos desenvolvendo sistemas de revestimento e processos de galvanização que podem atender às novas demandas. Isso exige que olhemos além e consideremos disciplinas acadêmicas associadas, particularmente de outros setores industriais e campos científicos. Isso nos permite acelerar nosso trabalho durante a fase de ideação, fazer os primeiros testes dentro de estudos de viabilidade, tendo a impressão do que poderia — em princípio — ser possível alcançar. Estamos focados para alcançar o sucesso no desenvolvimento multifuncional, utilizando inovações abertas e equipes ágeis. Uma infraestrutura de P&D estabelecida é bastante útil, especialmente quando pressões de agilidade de time-to-market e custos são requisitos críticos.

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Em que sua equipe está trabalhando para viabilizar a inovação tecnológica no setor automotivo?

Neste momento, os mercados automotivo e eletrônico estão dinâmicos e passando por uma mudança fundamental. O sucesso virá para as empresas que se concentram em otimizar o design e os processos, encurtar os ciclos de desenvolvimento e reduzir custos. Isso é necessário para competir com os melhores. Fazer isso significa trabalhar para alcançar a confiabilidade da cadeia de suprimentos mesmo com novos fornecedores, menor time-to-market, processos e produtos simplificados, e uma infraestrutura de P&D focada na preparação para o futuro. Esse último ponto é crucial para um melhor desempenho no mercado e força operacional.