Novas tendências prontas para mudar o cenário médico

Historicamente, as doenças são com medicamentos, cirurgias ou, muitas vezes, uma combinação de ambos. Os procedimentos cirúrgicos costumam envolver traumas corporais significativos e longos tempos de recuperação, sem mencionar altos custos de saúde. No entanto, com a tecnologia atual, os pacientes podem muitas vezes ter resultados similares ou melhores com uma abordagem minimamente invasiva. O uso de dispositivos como cateteres reduz drasticamente o risco, o tempo de recuperação e os custos associados a operações mais complexas.

Tomemos, por exemplo, o tratamento de acidente vascular cerebral, um excelente exemplo dos benefícios dessa abordagem em ação. "Tempo é cérebro", dizem; esse é um aspecto fundamental do tratamento do AVC. A cada minuto de um acidente vascular cerebral, 1,9 milhões de neurônios, 14 bilhões de sinapses e 12 km de fibras mielinizadas são destruídos¹. Enquanto os acidentes vasculares cerebrais têm sido tradicionalmente tratados com tratamentos medicamentos para dissolver o coágulo ao longo do tempo, procedimentos de referência com novas tecnologias permitem que os médicos adotem uma abordagem que use primeiro um dispositivo para remover fisicamente o coágulo — um tratamento direto e rápido com melhores resultados para os pacientes.

Tecnologias avançadas de sensores estão transformando dispositivos médicos em dispositivos inteligentes, permitindo que os médicos monitorem temperatura, pressão e posição, dando-lhes acesso a uma vasta quantidade de dados até então inacessíveis. Essa nova riqueza de informações permite que os médicos alcancem novas áreas da anatomia e realizem o monitoramento do paciente em tempo real. Pegando emprestado um exemplo do mercado automotivo, é como a transição de veículos convencionais para carros totalmente autônomos, guiados por sistemas altamente inteligentes capazes de ingerir e processar grandes quantidades de dados e fazer ajustes em microssegundos.

Como um fornecedor líder de soluções de sensores em muitos setores, estamos entusiasmados com o potencial de tecnologia avançada de sensores na área médica. Nosso sensor microinvasivo de pressão IntraSense é menor que a ponta de um lápis, pequeno o suficiente para ser colocado em uma variedade de ferramentas, incluindo cateteres, fios-guia, endoscópios e agulhas. Além disso, essa tecnologia é um aprimoramento dos sensores externos, fornecendo informações mais precisas em tempo real.

Hoje, há uma maior conscientização sobre a necessidade de garantir instalações médicas seguras e limpas. Desde o início de 2020, o foco tem sido a redução da transmissão de COVID-19. Mas, por muitos anos, a preocupação envolveu infecções, que o CDC estima afetar quase dois milhões de pessoas a cada ano, apenas em hospitais norte-americanos.  Esses surtos de "supervírus"² muitas vezes estão ligados a superfícies e ferramentas médicas contaminadas, como endoscópios, que foram amplamente desenvolvidos como tecnologias reutilizáveis e são muito difíceis de limpar. Assim, o uso de dispositivos médicos descartáveis tornou-se imperativo.

Em parceria com nossos clientes, a TE Connectivity vem desenvolvendo uma tecnologia avançada, econômica e descartável para endoscópios, que fornece aos médicos ferramentas de alto nível, minimizando o risco de infecção por intermédio do reaproveitamento e reduzindo, em última instância, a transmissão de doenças entre pacientes e funcionários hospitalares.

Embora em constante evolução quando comparado a algumas das tecnologias existentes no setor, as tecnologias automatizadas — incluindo a robótica — são uma área intrigante para a próxima onda de tecnologia médica avançada.

A cirurgia assistida por robôs permite que os médicos realizem procedimentos complexos³ com mais precisão, flexibilidade e controle do que seria possível com técnicas convencionais. Com a experiência prévia de engenharia da TE Connectivity, juntamente com nossa presença no setor médico, estamos preparados para projetar soluções avançadas para um futuro médico assistido por robôs.

A pandemia da COVID-19 nos ensinou que estamos com uma escassez crítica de recursos de detecção e diagnóstico rápidos, incluindo soluções que possam ser autoadministradas em casa. Agora, temos o poder de mudar radicalmente a prática, a velocidade e a acessibilidade de testes moleculares complexos para uma variedade de doenças. Os diagnósticos in vitro terão papel crucial na habilitação da detecção precoce da doença e, por sua vez, permitirão ações preventivas mais precoces.