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Nathan Tracy, gerente de padrões do setor, participa deste episódio para falar sobre as principais tendências e avanços no mundo dos data centers, soluções elétricas e gestão de energia, bem como das lições aprendidas.
Tyler Kern (00:01):
Este é o Connected World, um podcast concebido para informar engenheiros sobre as últimas tendências tecnológicas e criar um futuro mais seguro, sustentável, produtivo e conectado.
Tyler Kern (00:15):
Olá! Sejam todos bem-vindos ao Connected World, o podcast da TE Connectivity. Serei o apresentador de hoje. Meu nome é Tyler Kern. Muito obrigado por assistirem a este episódio do programa. Hoje, vamos falar sobre tendências e avanços dos data centers em nuvem com Nathan Tracy, gerente de padrões do setor na unidade de dados e dispositivos da TE Connectivity. Nathan, muito obrigado pela participação.
Nathan Tracy (00:39):
De nada. Obrigado pelo convite, Tyler.
Tyler Kern (00:43):
Estou muito animado para conversar sobre o assunto. Há muito a se explorar nessa área, mas quero que você comece falando sobre as principais tendências e avanços no mundo dos data centers nos últimos meses e talvez até no ano passado.
Nathan Tracy (00:56):
Claro, Tyler. Estamos diretamente envolvidos na tarefa de ajudar ou permitir que data centers ou a nuvem sejam mais rápidos e atendam a necessidades em constante mudança conforme a tecnologia evolui na nuvem. Mas para responder à sua pergunta, o principal é que a demanda por recursos de data center bateu todos os recordes. Estamos falando de todos os tipos de demanda, por exemplo, operadores de nuvem focados na função de pesquisa, em redes sociais ou no comércio (e muitos estão presentes em todas essas esferas diferentes), bem como terceirização e hospedagem de serviços da web para várias empresas e organizações. Tudo isso cria um "tsunami" de dados que estão fluindo para a nuvem, e é preciso estar preparado para isso. Só para mostrar algumas estatísticas, nos últimos dez anos, a unidade de medida para a comutação do ponto de vista da rede era de 640 gigabits por segundo. Hoje, já estamos na geração dos 25 terabits. Em breve, daqui a alguns anos, chegaremos a 51 terabytes.
Nathan Tracy (02:25):
É um enorme aumento em termos de tráfego processado e dos fatores que o impulsionam, visto que o número de conexões com a nuvem está expandindo muito mais rápido do que a população, a uma taxa de crescimento composto de 10%. E o número de usuários que estão se conectando está subindo a uma taxa anual de crescimento composto de 6%. Os tipos de conexões também estão mudando. Faz sentido imaginar que a conexão é realizada por computadores domésticos, mas pense em todas as outras coisas que fazemos com vídeos e nossos smartphones. E agora, as conexões entre computadores estão aumentando e vão representar uma grande porcentagem dessa demanda. A expectativa para 2023 é de que a modalidade entre computadores aumente para 50% de todas as conexões à internet. Portanto, isso não acontece só porque queremos assistir a vídeos sob demanda. Os tipos de conexões com a nuvem também estão mudando.
Nathan Tracy (03:44):
Vamos usar o vídeo como exemplo. Todos sabem que o vídeo é um grande impulsionador do tráfego na nuvem, mas vamos pensar em como as tecnologias de vídeo mudaram com o passar dos anos. Há alguns anos, todos nós assistíamos à TV com definição padrão. Depois, evoluímos para a TV em HD, que tem uma taxa de bits quatro vezes maior. Hoje, o futuro é o 4K, que tem o dobro da taxa de bits da TV em HD. Veja que só o fato de assistirmos a vídeos gera tráfego, mas a natureza do vídeo também muda com o passar do tempo.
Nathan Tracy (04:26):
E isso cria uma enorme demanda na nuvem, pois temos o Wi-Fi, mais pontos de acesso ao Wi-Fi, e mais dispositivos móveis nesses pontos de acesso. E a taxa de dados que esses pontos de acesso pode processar está aumentando. Isso só faz a demanda crescer. E agora as redes de celular 5G também estão entrando em cena. Por exemplo, quando a tecnologia 2G foi implementada, foram necessários 14 trimestres para chegar a 17,8 milhões de conexões. Mas vamos falar de algo mais recente, a tecnologia 4G. É o que todos nós, a sociedade de massa, usamos hoje. O 4G precisou de 10 trimestres para chegar a 7,8 milhões de conexões. No caso do 5G, só foram necessário quatro trimestres para chegar às mesmas 17,8 milhões de conexões. A conclusão é que tudo está criando uma pressão e expectativas de crescimento enormes para os operadores de nuvem.
Tyler Kern (05:44):
Com tudo isso, fico pensando nas circunstâncias do ano passado. Coronavírus, alunos estudando em casa, pais no trabalho remoto e vários fatores diferentes. Foi um grande teste de estresse para os data centers em nuvem no que diz respeito a o que eles conseguem suportar?
Nathan Tracy (06:08):
Sim. Gostei do jeito que você fez a pergunta, porque ninguém se planejou para essa situação. Realmente foi um teste de estresse. Ninguém avisou que todos precisariam parar de trabalhar presencialmente por um ano nem pediu para escolher quando isso aconteceria. Então, sim, com certeza. Foi um imenso teste de estresse, e a rede se saiu bem. No entanto, sabemos que a rede se saiu bem porque vimos ela passar por esse teste de estresse. Agora sabemos que há novos usos que vão continuar aumentando a demanda, além do fato de que as pessoas estão trabalhando mais em casa e que talvez insistam nessa prática em um grau maior do que no passado. Por isso, esse teste de estresse foi muito empolgante. Foi tenso para alguns operadores de rede, mas nos deixa sempre alertas em termos de cronogramas, planos de ação e preparação para as próximas etapas na evolução da rede?
Tyler Kern (07:16):
Entendi. As pessoas querem fazer mais com mais rapidez, certo? Então, quais são os gargalos que impedem que isso seja uma realidade para todos? O que as pessoas precisam saber?
Nathan Tracy (07:33):
Sim. Falei sobre as taxas de dados e as mudanças com o passar do tempo, mas não é só a taxa de dados. A taxa de dados é um descritor fácil de informar, seja em gigabits por segundo ou terabits por segundo. Mas quando as taxas de dados aumentam, as leis da física entram em ação. Há mais perdas com o crescimento da taxa de dados. E podemos tomar algumas medidas para atenuar o problema, mas não é possível eliminá-lo por completo. Vale lembrar que com perdas maiores, a distância para o envio a uma taxa de dados maior diminui. É algo preocupante, e como podemos superar esse desafio? Podemos mudar parte dos esquemas de modulação usados. Ao fazer isso, é preciso otimizar o produto para nossas soluções de conectividade nesses formatos de modulação diferentes. Quando as taxas de dados são elevadas, você dissipa mais energia.
Nathan Tracy (08:43):
Agora, a demanda de energia de um data center está crescendo. É necessário encontrar soluções para levar mais energia e distribuí-la no data center. E, claro, se o consumo de energia aumenta, mais energia é dissipada. Portanto, agora temos problemas térmicos, e é preciso descobrir como operar a rede nesse ambiente. Como ajudar os operadores de rede a aproveitar ao máximo a dissipação térmica dos elementos de rede que operam? Estamos lidando com uma combinação de vários fatores, como desafios de alcance, alterações de modulações e geração de mais energia. Temos que ajudar mais na mitigação térmica. E, ao mesmo tempo, estamos nessa marcha constante para taxas de dados mais altas. É um quebra-cabeça sendo montado. Um quebra-cabeça é uma boa analogia. Todos esses desafios e barreiras precisam ser superados.
Tyler Kern (09:46):
Isso é muito interessante. Com seus conhecimentos e a experiência nessas áreas, quais insights você pode compartilhar e como ajudar os data centers a gerenciar o consumo de energia? Parece que é algo difícil de contornar. Quais soluções existentes podem ajudar data centers nesse sentido?
Nathan Tracy (10:06):
Em algumas aplicações, os data centers estão mudando a arquitetura de energia, alterando de uma estrutura CA para CC para otimizar o consumo e as eficiências de conversão. Os racks de equipamentos estão funcionando em níveis mais altos de energia. Por isso, é preciso oferecer soluções de tensão e corrente mais altas. É isso que fazemos. Estamos no setor de conectividade, oferecemos conectores elétricos para garantir que os racks sejam alimentados com confiança e entreguem cargas de energia mais altas aos equipamentos, garantindo a segurança de tudo ao mesmo tempo.
Tyler Kern (10:58):
Esse é um ponto importante. Um dos grandes mistérios para as pessoas hoje é saber o que é normal no mundo pós-pandemia. Qual dica você daria aos data centers que querem se preparar para o futuro? No início, falamos sobre o teste de estresse e, como você mencionou, foi difícil porque ninguém previu essa situação. Não foi possível se preparar nem fazer algo com antecedência, porque de repente as coisas mudaram e todos estavam trabalhando e estudando em casa. Olhando para o futuro, é natural imaginar como será a vida no mundo pós-pandemia? Que tipo de conselho você daria a data centers que desejam se preparar e permanecer flexíveis o suficiente para se ajustar a diferentes desafios e mudanças?
Nathan Tracy (11:41):
Como já disse, há algumas mudanças acontecendo nas arquiteturas internas, dentro dos data centers. Alguns elementos estão sendo analisados, como o número de camadas de rede, o método de implantação de novas tecnologias, como machine learning e inteligência artificial. E nós estamos desenvolvendo soluções que permitem essas mudanças na rede e a introdução dessas tecnologias. Outro elemento é a presença crescente da migração da nuvem para a borda da rede, onde está mais perto dos usuários finais. Há vários benefícios nessa mudança, mas também é preciso levar as novas tecnologias (machine learning e inteligência artificial) para a borda. E, mais uma vez, estamos nesse espaço, fornecendo soluções. Em termos do desafio de gerenciamento térmico, a rede está agora no modo de implantação da Ethernet de 400 gigabits como taxa de dados padrão. Com isso, houve um aumento significativo na dissipação de energia dos transceptores ópticos usados.
Nathan Tracy (12:54):
Desenvolvemos soluções de gerenciamento térmico que permitem manter esses elementos ópticos mais refrigerados, funcionando de forma mais confiável nesse ambiente. Da mesma maneira, temos soluções de cabos de cobre otimizados para larguras de banda de 400 gigabits, que permitem aumentar o alcance o máximo possível nessa nova taxa de dados mais alta. Além de todas as soluções de conectividades prontas para uso ou não que podemos oferecer a operadores de rede e aos fornecedores deles. As pessoas que fabricam chaves de rede, servidores, armazenamentos e dispositivos de machine learning usam essas soluções de conectividade em suas redes. Nós ajudamos essas empresas a fazer o data center do futuro funcionar de modo mais tranquilo.
Tyler Kern (13:51):
Quando olharmos para o passado, quais serão as principais lições que os data centers vão aprender com essa experiência neste momento específico? E como você acha que elas serão usadas no futuro?
Nathan Tracy (14:02):
Essa é uma pergunta muito difícil. Tenho que tirar a poeira da minha bola de cristal e olhar para o futuro. Eu diria que todos já estão fazendo isto. Todos têm planos de ação. Todos têm uma estratégia. Todos sabem onde estão os gargalos e pontos fracos. Portanto, todos têm um plano, isso foi identificado. Acho que o principal é garantir que todo o ecossistema esteja sincronizado e ciente do plano. Neste setor do qual fazemos parte, é possível fazer um grande trabalho de criar tecnologia para eliminar esses gargalos e pontos fracos, mas precisamos estar cientes deles. Uma das minhas funções na TE é lidar com diversos padrões do setor, e é possível desenvolver soluções que sejam compatíveis com essas normas.
Nathan Tracy (14:55):
Criamos o ecossistema que faz o setor avançar, mas precisamos de comunicação para saber onde estão os gargalos e qual é o cronograma. E acho que a pandemia aumentou a conscientização sobre a necessidade dessa comunicação. Todos precisam operar com um grau de sigilo e discrição, porque é assim que cada empresa se diferencia. No entanto, existem maneiras de se comunicar com o setor e com empresas como a TE Connectivity para que possamos estar prontos quando for necessário dar um passo à frente e colocar em prática o plano de ação do setor para a próxima geração. Portanto, acho que todo mundo observou que funciona. É espantoso. A rede funciona, temos essa resiliência e durabilidade incorporadas na rede. Agora, vamos ficar de olho no futuro por causa desse susto que ainda estamos processando.
Tyler Kern (15:57):
Sua bola de cristal fez um trabalho fantástico. É uma ótima visão do Nathan Tracy, gerente de padrões do setor da unidade de dados em dispositivos da TE Connectivity. Nathan, muito obrigado por participar do Connected World e compartilhar suas ideias e experiências.
Nathan Tracy (16:13):
Imagina. Muito obrigado, Tyler.
Tyler Kern (16:15):
Claro. Pessoal, obrigado por sintonizar neste episódio e ouvir este episódio do podcast. É muito importante para nós. Se esta foi sua primeira vez aqui, lembre-se de que há vários episódios anteriores para escutar. Temos episódios sobre Wi-Fi, 5G e diversos outros assuntos abordados por profissionais de renome da TE. Como já sei que você vai querer voltar e conferir esses insights também, não se esqueça de se inscrever para saber as novidades da TE, porque sempre estamos publicando novos podcasts e novos episódios sobre diferentes assuntos. Assim você fica por dentro de tudo. Portanto, inscreva-se no Apple Podcasts ou no Spotify para ouvir os episódios mais recentes no smartphone ou no computador, onde você quiser. E, claro, estaremos de volta em breve com novos episódios, mas até lá, um abraço do seu apresentador de hoje, Tyler Kern. Obrigado pela audiência
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